Breve e provechosa doctrina de lo que debe saber todo cristiano
- Susana Guijarro González - Universidad de Cantabria
Hernando de Tavalera (c.1428-1507) é uma das figuras centrais da história política, eclesiástica e cultural das três últimas décadas do século XV na Coroa de Castela. De nascimento ilegítimo e judeu convertido por parte de mãe, se vinculou à nobreza. As primeiras pegadas certeiras da sua trajetória o situam nas décadas centrais do século XV na Universidade de Salamanca, primeiro como estudante e depois como regente da Cátedra de Filosofia Moral. Sua sensibilidade para com o humanismo e com as correntes espirituais da conhecida devotio moderna¹ começou a ser nutrida na universidade salmantina onde aprendeu a língua românica e traduziu as obras de Petrarca. Tais inclinações podem estar na origem da sua decisão de abandonar o mundo acadêmico e ingressar em 1466 no convento jerônimo de São Leonardo de Alba de Tormés, chegando a se tornar prior do convento de Nossa Senhora do Prado, da mesma ordem, em Valladolid, a partir de 1470, onde permaneceu por 16 anos²". Durante este período e a partir de 1474, sua reputação como pregador e homem de letras, assim como sua conexão com os círculos episcopais e monárquicos, atraiu a atenção da Rainha Elizabeth I, que o fez seu confessor e conselheiro. Demonstrou suas habilidades diplomáticas e políticas com a obtenção de renda por parte da nobreza para financiar a guerra de Granada. Tais habilidades facilitaram, junto com o favor da rainha, um processo ascendente em seu cursus honorum. De administrador apostólico em Salamanca (1483-1485), tornou-se Bispo de Ávila (1486-1492). Em Ávila teve a oportunidade de entrar em contato com a sua comunidade judia, mas também experimentou uma virada para um antijudaísmo radical que culminou com a criação da Inquisição (1490) no entorno do convento de São Tomás que ficava na cidade. Diante da defesa do uso da coerção por parte da Inquisição e das pregações dos franciscanos menores para alcançar a conversão de infiéis e hereges, Talavera respondeu com a escrita da sua obra apologética Católica impugnación e com a aposta de convencer a partir do ensino e da pregação³. Sua opção por uma atitude moderada e flexível que propiciasse a integração nascia da necessidade de assumir a diversidade que os novos convertidos representavam. Por isso, propunha aos cristãos-velhos que considerassem, também, como seu o passado judaico do Cristianismo e aos convertidos que se distanciassem de seu passado sem apagá-lo⁴
Sua tomada de consciência sobre a problemática da diversidade religiosa se intensificou durante o último período da sua vida como Arcebispo de Granada (1492-1507) que foi, também, o de seu afastamento da Corte real e, de certo modo, do fracasso do seu projeto de assimilação dos convertidos e dos criptojudeus. O Reino de Granada, após sua conquista, também se converteu em um lugar de encontro entre as culturas muçulmana e cristã. Sem abandonar a prioridade da sua missão de evangelização e conversão ao Cristianismo, ele apostou na persuasão e no respeito a alguns dos elementos da cultura dos mudéjares, como a língua⁵. Infelizmente, os novos ventos sopravam a favor da denúncia da conversão forçada fomentada pela Inquisição comandada pelos dominicanos Tomás de Torquemada (+1498) e seu sucessor Diego de Deza (+1523), que compartilhavam com os monarcas castelhanos o anseio de uma sociedade uniforme e de uma monarquia centralizada. Talavera, por sua vez, defendeu a evangelização através da catequese e enfatizou o valor penitencial dos sacramentos contra o uso de elementos coercitivos.
A ascensão do cardeal Jiménez de Cisneros (+1517) na linha de frente na Igreja e no entorno dos reis católicos contribuiu, também, para reforçar a castelhanização da monarquia hispânica e dos direitos derivados do patronato real. Não podemos qualificar Hernando de Talavera como tolerante nos termos em que o laicismo contemporâneo entende o conceito, mas, no contexto da Igreja castelhana da Baixa Idade Média, ele se manteve como uma figura de mediação. Sua postura como Arcebispo de Granada diante da revolta de Albaicín em 1499 é a de representante da defesa do método evangelizador e do respeito às capitulações que sucederam a conquista de Granada por parte da monarquia. Não é de se estranhar, por isso, que o final da sua vida ficou manchado pelos processos judaizantes a que foram submetidos membros da sua família, pelos quais ele foi, pelo menos, compensado, em parte, com o descrédito do inquisidor Deza pelo Papado⁶.
O melhor exemplo do empenho de Hernando de Talavera em promover a literatura pastoral como ferramenta fundamental da pregação e da confissão está na sua obra Breve Doutrina e ensinamento que deve saber e colocar em prática todo cristão e cristã (segundo título longo), idealizada para preparar o clero em seu trabalho educativo. Se trata de um incunábulo impresso em 1496 (12 exemplares estão preservados) pelos editores (Meinardo Ungut e Juan Pegnitzer) que o Arcebispo Talavera chamou a Granada. Faz parte deste volume junto com outros tratados, embora possa fazer sentido fora do conjunto. Se inicia com um texto sobre o sinal da cruz, que é seguido por diferentes orações⁷. Continua com a discussão dos comportamentos mostrados nos atos religiosos⁸, > com a definição dos sacramentos⁹, com os mandamentos, com as obras de misericórdia, com os pecados capitais¹⁰; um lembrete das obrigações do jejum, do pagamento dos dízimos e votos¹¹ assim como da confissão geral. Sua estrutura e conteúdo respondem, portanto, ao gênero das cartilhas com finalidade catequética, cujo objetivo último era oferecer aos fiéis, em língua vulgar, um resumo simplificado da doutrina cristã. Emulando o modelo das Tavolas ou cartilhas escolares e aproveitando as possibilidades de difusão que a nova tecnologia da imprensa oferecia, Talavera renovou a metodologia da pastoral. Não só pela contextualização sociológica que exigia aos sacerdotes em suas pregações (Ávila e Granada foram laboratórios para seu propósito de integração dos cristãos-novos e homogeneização sociorreligiosa), mas também por facilitar aos clérigos paroquiais, e aos fiéis, a compreensão de princípios teológicos de forma simples, além de evitar erros. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de medidas para assegurar a transmissão oral e a escrita através da imprensa fez com que um tratado de doutrina cristã similar a outros já existentes se impusesse no final do século XV¹². Na segunda edição conhecida da obra ¹³ foi inserido no final um abecedário. Uma evidência da associação entre a catequese paroquial e o ensinamento das primeiras letras que promoveu a reforma eclesiástica no final da Idade Média.
O conjunto de tratados que compõem o volume ¹⁴, que intitula o primeiro deles, aBreve doutrina, respondem à orientação pragmática que outorgou Hernando de Talavera à teologia moral. É seguido por um Confessional ( Breve forma de confessar) que, seguindo a tradição das sumas de confessores, fixava os 10 mandamentos e os pecados que podem ser cometidos contra eles. Porém, no confessional de Talavera a consciência do fiel penitente possui maior importância no momento de determinar os limites do pecado frente ao protagonismo habitual do confessor. Daí seu interesse em detalhar as categorias complexas de pecados mortais e veniais tanto a confessores como a penitentes. Embora compartilhe no resto dos seus tratados a responsabilidade última do confessor (pregador) insuficientemente preparado ou exemplar, que podia conduzir a difusão de erros, como os que alimentaram a diferenciação entre cristãos velhos e novos da que ele foi testemunha ¹⁵.
O terceiro tratado versa sobre as seis formas de restituir, o quarto sobre a comunhão, o quinto sobre a murmuração, o sexto sobre as cerimônias da missa, o sétimo sobre os excessos em calçados e roupas ¹⁶ e o oitavo sobre o bom uso do tempo. Estes tratados foram escritos muito antes da sua etapa em Granada, quando foram reunidos neste incunábulo ¹⁷. A assimilação da doutrina contida neles por convertidos e mudéjares estava longe de responder à prontidão que a monarquia exigia, daí que, no final do século XV, impuseram as conversões forçadas. É precisamente esta virada da política eclesiástica e monárquica que contribuiu para forjar na historiografia castelhana a imagem de Hernando de Talavera como um homem cujas ações e escritos estiveram guiados pela temperança de uma sociedade multicultural e complexa.
Hernando de Talavera (c.1428-1507) es una de las figuras centrales de la historia política, eclesiástica y cultural de los tres últimos decenios del siglo XV en la Corona de Castilla. De nacimiento ilegítimo y judeoconverso por parte de madre, se le vincula a la nobleza. Las primeas huellas certeras de su trayectoria vital lo sitúan en las décadas centrales del siglo XV en la universidad de Salamanca, primero como estudiante y después como regente de la Cátedra de Filosofía moral. Su sensibilidad para con el humanismo y las corrientes espirituales de la conocida como devotio moderna¹⁸ debieron empezar a nutrirse en la universidad salmantina donde romanceó y realizó la traducción de obras de Petrarca. Tales inclinaciones pueden estar en el origen de su decisión de abandonar el mundo académico e ingresar en 1466 en el convento jerónimo de San Leonardo de Alba de Tormés, llegando a ser prior del convento de la misma orden de Nuestra Señora del Prado en Valladolid a partir de 1470, donde permaneció dieciséis años ¹⁹. Durante este tiempo y, partir de 1474, su reputación como predicador y hombre de letras, así como su conexión con los círculos episcopales y monárquicos atrajo la atención de la reina Isabel I, quien le convirtió en su confesor y consejero. Demostró sus habilidades diplomáticas y políticas con la consecución de rentas de la nobleza para financiar la guerra de Granada, dichas habilidades le facilitaron, junto con el favor de la reina, un proceso ascendente en su cursus honorum. De administrador apostólico en Salamanca (1483-1485) pasó a convertirse en Obispo de Ávila (1486-1492). En Ávila tuvo la oportunidad de entrar en contacto con su comunidad judía pero también vivió el giro hacia un antijudaismo radical que culminó con la creación de la Inquisición (1490) en el entorno del convento de Santo Tomás de la ciudad. Frente a la defensa del uso de la coerción por parte de la Inquisición y las predicaciones de los franciscanos observantes para lograr la conversión de infieles y herejes, Talavera respondió con la escritura de su obra apologética Católica impugnación y la apuesta por convencer a partir de la enseñanza y la predicación ²⁰. Su opción por una actitud moderada y flexible que propiciase la integración nacía de la necesidad de asumir la diversidad que suponían los nuevos conversos. Por ello, proponía a los cristianos viejos que considerasen también como suyo el pasado judaico del cristianismo y a los conversos que se distanciasen de su pasado sin borrarlo ²¹
Su toma de conciencia de la problemática de la diversidad religiosa se intensificó durante el último periodo de su vida como Arzobispo de Granada (1492-1507) que fue también el de su alejamiento de la Corte real y, en cierto modo, del fracaso de su proyecto de asimilación de los conversos y criptojudíos. El Reino de Granada, tras su conquista, se convirtió también en lugar de encuentro entre las culturas musulmana y cristiana. Sin abandonar la prioridad de su misión de evangelización y conversión al cristianismo, apostó por la persuasión y el respeto a algunos de los elementos de la cultura de los mudéjares como su lengua ²². Desafortunadamente, los nuevos vientos soplaban a favor de la denuncia y la conversión forzosa fomentada por la Inquisición comandada por los dominicos Tomás de Torquemada (+1498) y su sucesor Diego de Deza (+1523) que compartían con los monarcas castellanos el anhelo de una sociedad uniforme y una monarquía centralizada. Talavera, en cambio, defendía la evangelización mediante la catequesis y enfatizaba el valor penitencial de los sacramentos frente al uso de elementos coercitivos. El ascenso del Cardenal Jiménez de Cisneros (+1517) a la primera línea en la Iglesia y en el entorno de los Reyes Católicos contribuyó además a reforzar la castellanización de la monarquía hispana y los derechos derivados del patronato real. No podríamos calificar de tolerante a Hernando de Talavera en los términos que entiende el concepto el laicismo contemporáneo, pero en el contexto de la Iglesia bajomedieval castellana se erigió como una figura de mediación. Su postura como Arzobispo de Granada frente a la revuelta del Albaicín en 1499 es representativa de la defensa del método evangelizador y el respeto las capitulaciones que sucedieron a la conquista de Granada por parte de la Monarquía. No ha de extrañar, por ello, que el final de su vida quedara empañado por el proceso por judaizantes al que fueron sometidos miembros de su familia, de cual quedó al menos resarcido, en parte, con la desacreditación del Inquisidor Deza por el Papado ²³.
El mejor exponente del empeño de Hernando de Talavera en promover la literatura pastoral como herramienta fundamental de la predicación y la confesión, está en su obra Breve Doctrina y enseñanza que ha de saber y poner en obra todo cristiano y cristiana (segundo título largo) ideada para preparar al clero en su labor educadora. Se trata de un incunable impreso en 1496 (se conservan 12 ejemplares) por los editores (Meinardo Ungut y Juan Pegnitzer) que el Arzobispo Talavera había llamado a Granada. Forma parte de este volumen junto con otros tratados, aunque podría tener sentido fuera del conjunto. Se inicia con un texto sobre la señal de la cruz al que siguen las distintas oraciones²⁴. Continúa con la descripción del comportamiento que ha de mostrarse en los actos religiosos²⁵, la definición de los sacramentos²⁶, los mandamientos, las obras de misericordia, los pecados capitales²⁷; un recordatorio de las obligaciones del ayuno, el pago de los diezmos y los votos²⁸, así como de la confesión general. Su estructura y contenido responden, pues, al género de las cartillas con finalidad catequética, cuyo objetivo último era ofrecer a los fieles en lengua vulgar un resumen simplificado de la doctrina cristiana. Emulando el modelo de las Tavolas o cartillas escolares y aprovechando las posibilidades de difusión que ofrecía la nueva tecnología de la imprenta, Talavera renovó la metodología de la pastoral. No solo por la contextualización sociológica que exigía a los sacerdotes en sus predicaciones (Ávila y Granada fueron laboratorios para su propósito de integración de los cristianos nuevos y homogenización socio-religiosa) sino también por facilitar a los clérigos parroquiales y a los fieles la comprensión de principios teológicos de forma sencilla, además de evitar los errores. Al mismo tiempo, el desarrollo de medidas para asegurar la transmisión oral y la escrita a través de la imprenta hizo que un tratado de doctrina cristiana similar a otros existentes se impusiera a finales del siglo XV²⁹. En la segunda edición conocida de la obra³⁰ se inserta al final un abecedario. Una evidencia de la asociación entre la catequesis parroquial y la enseñanza de las primeras letras que promovió la reforma eclesiástica bajomedieval.
El conjunto de tratados que componen el volumen³¹ al que da título el primero de ellos, la < style="font-style: italic; ">Breve doctrina, responden a la orientación pragmática que otorgó Hernando de Talavera la teología moral. Al mismo sigue un Confesional (Breve forma de confesar) que, siguiendo la tradición de las sumas de confesores, fijaba los diez mandamientos y los pecados que se pueden cometer contra ellos. Sin embargo, en el confesional de Talavera la conciencia del fiel penitente cobra mayor importancia a la hora determinar los límites de pecado frente al protagonismo habitual del confesor. De ahí, su interés en detallar las complejas categorías de los pecados mortales y veniales tanto a confesores como a penitentes. Si bien comparte con el resto de sus tratados la responsabilidad última del confesor (predicador) insuficientemente preparado o ejemplar que podía conducir a la difusión de errores como los que alimentaron la diferenciación entre cristianos viejos y nuevos de la que el mismo fue testigo³².
El tercero de los tratados versa sobre las seis formas de restituir, el cuarto sobre la comunión, el quinto sobre la murmuración, el sexto sobre las ceremonias de la misa, el séptimo sobre los excesos en el calzado y vestido³³ y el octavo sobre el buen uso del tiempo. Estos tratados fueron escritos mucho antes de su etapa granadina cuando fueron reunidos en este incunable³⁴. La asimilación de la doctrina en ellos contenida por conversos y mudéjares estaba lejos de responder a la prontitud que la monarquía exigía, de ahí que al término del siglo XV se impusieran las conversiones forzosas. Es precisamente este giro de la política eclesiástica y monárquica lo que ha contribuido a forjar en la historiografía castellana la imagen de Hernando de Talavera como un hombre cuyas acciones y escritos estuvieron guiados por la templanza en una sociedad multicultural y compleja.
¹ BERTINI Giovanni María. Hernando de Talavera: escritor espiritual (siglo XV). In: DE BUSTOS TOVAR, Eugenio (coord.). Actas del cuarto Congreso Internacional de Hispanistas. V. 1, Salamanca: Universidad de Salamanca, 1982, p. 182.² RESINES, Luis. Hernando de Talavera, prior del Monasterio de Prado. Salamanca: Junta de Castilla y León, 1993.³ MONTOYA MARTÍNEZ, Jesús. Hernando de Talavera apologista, catequista y hagiógrafo. Revista del Centro de Estudios Históricos de Granada y su Reino. n.19, 2007, pp. 47-65; IANNUZZI, Isabella. Convencer para convertir: la Católica Impugnación de fray Fernando de Talavera. Granada: Nuevo Inicio, 2019.
⁴ IANNUZZI, Isabella. El poder de la palabra en el siglo XV: Fray Hernando de Talavera. Salamanca: Junta de Castilla y León, 2009, pp. 280-292.
⁵ GÓMEZ GÓMEZ, José María. Fray Hernando de Talavera y su obra literaria. Alcalibe. n. 7, 2007, pp.31-32.
⁶ Idem, pp. 24-26.
⁷INFANTES, Víctor. De las primeras letras. Cartillas españolas para enseñar a leer de los siglos XV y XVI. Preliminar y edición facsímil de 34 obras. Salamanca: Universidad de Salamanca, 1998, pp.2-4.
⁸ Idem, pp. 4-10.⁹ Ibidem
¹⁰Ibidem, pp. 13-15.¹¹ Ibidem, pp. 15-16.¹² Ibidem, p. 24.¹³ Ibidem, n. II. ¹⁴ MIR, Miguel. Escritores místicos españoles. Nueva Biblioteca de Autores españoles, 16, Madrid, 1911, pp.1-103.¹⁵ IANNUZZI, op. cit., 2009, pp.210-211.
¹⁶ DE CASTRO MARTÍNEZ, Teresa. El tratado sobre el vestir, calzar y comer del arzobispo Hernando de Talavera. Espacio, tiempo y forma. Serie III, Historia medieval, n. 14, 2001, p. 14.¹⁷RESINES, Luis. La catequesis en España. Historia y textos. Madrid: BAC, 1997, p. 143.
¹⁸ BERTINI Giovanni María. Hernando de Talavera: escritor espiritual (siglo XV). In: DE BUSTOS TOVAR, Eugenio (coord.). Actas del cuarto Congreso Internacional de Hispanistas. V. 1, Salamanca: Universidad de Salamanca, 1982, p. 182.
¹⁹ RESINES, Luis. Hernando de Talavera, prior del Monasterio de Prado. Salamanca: Junta de Castilla y León, 1993.
²⁰ MONTOYA MARTÍNEZ, Jesús. Hernando de Talavera apologista, catequista y hagiógrafo. Revista del Centro de Estudios Históricos de Granada y su Reino. n.19, 2007, pp. 47-65; IANNUZZI, Isabella. Convencer para convertir: la Católica Impugnación de fray Fernando de Talavera. Granada: Nuevo Inicio, 2019.²¹ IANNUZZI, Isabella. El poder de la palabra en el siglo XV: Fray Hernando de Talavera. Salamanca: Junta de Castilla y León, 2009, pp. 280-292.
²² GÓMEZ GÓMEZ, José María. Fray Hernando de Talavera y su obra literaria. Alcalibe. n. 7, 2007, pp.31-32.²³ Idem, pp. 24-26.
²⁴ INFANTES, Víctor. De las primeras letras. Cartillas españolas para enseñar a leer de los siglos XV y XVI. Preliminar y edición facsímil de 34 obras. Salamanca: Universidad de Salamanca, 1998, pp.2-4.
²⁵ Idem, pp. 4-10.²⁶ Ibidem
²⁷ Ibidem, pp. 13-15.
²⁸ Ibidem, pp. 15-16.²⁹ Ibidem, p. 24.
³⁰ Ibidem, n.II.
³¹ MIR, Miguel. Escritores místicos españoles. Nueva Biblioteca de Autores españoles, 16, Madrid, 1911, pp.1-103.³² IANNUZZI, op. cit., 2009, pp.210-211.
³³ DE CASTRO MARTÍNEZ, Teresa. El tratado sobre el vestir, calzar y comer del arzobispo Hernando de Talavera. Espacio, tiempo y forma. Serie III, Historia medieval, n. 14, 2001, p. 14.
³⁴ RESINES, Luis. La catequesis en España. Historia y textos. Madrid: BAC, 1997, p. 143.
BERTINI Giovanni María. Hernando de Talavera: escritor espiritual (siglo XV). In: DE BUSTOS TOVAR, Eugenio (coord.). Actas del cuarto Congreso Internacional de Hispanistas, Vol. 1, Salamanca: Universidad de Salamanca, 1982, pp. 173-190.
DE CASTRO MARTÍNEZ, Teresa. El tratado sobre el vestir, calzar y comer del arzobispo Hernando de Talavera. Espacio, tiempo y forma. Serie III, Historia medieval, n. 14, 2001, pp. 11-92.
FERNÁNDEZ DE MADRID, A. Vida de Fray Fernando de Talavera, primer arzobispo de Granada. Estudio preliminar e iconografía inédita por F. J. Martínez Medina. Edición de F. G. Olmedo, Granada, 1992, pp. XLIII-LXXVI (edición Facsímil de la original de 1931).
GÓMEZ GÓMEZ, José María. Fray Hernando de Talavera y su obra literaria. Alcalibe, n. 7, 2007, pp. 17-42.
HERRERO DEL COLLADO, Tarsicio. El proceso inquisitorial por delito de herejía contra Hernando de Talavera. Anuario de historia del derecho español. n. 39, 1969, pp. 671-70.
IANNUZZI, Isabella. El poder de la palabra en el siglo XV: Fray Hernando de Talavera. Salamanca: Junta de Castilla y León, 2009.
_______. Convencer para convertir: la Católica Impugnación de fray Fernando de Talavera. Granada: Nuevo Inicio, 2019.
INFANTES, Víctor. De las primeras letras. Cartillas españolas para enseñar a leer de los siglos XV y XVI. Preliminar y edición facsímil de 34 obras. Salamanca: Universidad de Salamanca, 1998.
MIR, Miguel. Escritores místicos españoles. Nueva Biblioteca de Autores españoles, 16, Madrid, 1911, pp. 1-103 (Tratados de Hernando de Talavera).
MOLINA MARTÍNEZ, Miguel. Fray Hernando de Talavera. Revista del Centro de Estudios Históricos de Granada y su Reino. n.19, 2007, pp. 67-86.
MONTOYA MARTÍNEZ, Jesús. Hernando de Talavera apologista, catequista y hagiógrafo. Revista del Centro de Estudios Históricos de Granada y su Reino. n.19, 2007, pp. 47-65.
RESINES, Luis. Hernando de Talavera, prior del Monasterio de Prado. Salamanca: Junta de Castilla y León, 1993.
_______. La catequesis en España. Historia y textos. Madrid: BAC, 1997, pp. 146-147.Breve doutrina e ensinamento que deve saber e colocar em prática todo cristão e cristão. No qual devem ser ensinados aos moçoilos antes que outra coisa. Ordenada pelo frei Hernando de Tavalera: primeiro Arcebispo da Santa Igreja de Granada.
Todo cristão deve saber que há de se sinalizar fazendo com o dedo polegar da mão direita uma cruz: na fronte e outra na boca e outra nos peitos dizendo: pelo sinal da cruz nos livre Senhor de nossos inimigos. E deve-se benzer com os dedos maiores da dita mão direita o sinal da cruz da fronte ao umbigo: e do ombro esquerdo ao ombro direito dizendo. E no nome do pai e do filho e do espírito santo: um Deus amém. E tem que beijar logo a cruz feita com os polegares e ambas as mãos. E há ali que sinalizar e benzer quando se levanta e quando se deita: e ainda deitados se faz cada vez que sai de sua casa e no começo de qualquer obra.
Autor do documento: Hernando de Talavera
Título do documento: Breue y muy prouechosa doctrina de lo que deue saber todo christiano
Data de Composição: 1496
Lugar de composição ou impressão: Granada, Espanha
Imagem: Biblioteca Nacional da Espanha - INC/2489